sábado, 22 de janeiro de 2011

" A vida se arrasta sem ti, e gostaria eu de poder contar-te cada pequenino pormenor desses dias tão compridos. Muitas vezes o faço; em outros dias, como hoje, são tantas coisas a dizer-te que as idéias todas giram e dançam de forma que não posso alcançá-las para escrever-te.

Mas eu quero escrever-te. Preciso escrever-te. Duas linhas que sejam.

"(...) Te escrevo por absoluta necessidade. Não conseguiria dormir outra vez se não te escrevesse.(...)"

Então eu deixo-te com as palavras do Caio, que na minha incapacidade momentânea de dizer-te como me sinto, tão bem o faz por mim:

"(...) Somos muito parecidos, de jeitos inteiramente diferentes: somos espantosamente parecidos. E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim - para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura. Perdoe a minha precariedade e as minhas tentativas inábeis, desajeitadas, de segurar a maçã no escuro. Me queira bem.

Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas. Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito lindo e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. (...)"
(Caio Fernando Abreu)

Desejo-te somente o melhor. Que essa viagem na qual te aventurastes longe de mim te traga maturidade, sabedoria e felicidade..


@mariannachianca

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